Conhecimento de profissionais que atuam em Unidades Básicas de Saúde no Brasil sobre a associação entre inatividade física e morbidades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.v.22n5p450-456

Palavras-chave:

Conhecimento, Estilo de vida sedentário, Doença crônica, Atenção Básica à Saúde

Resumo

Avaliar o conhecimento de profissionais de saúde sobre a existência ou não de associação entre inatividade física e oito morbidades (diabetes, hipertensão arterial, aids, osteoporose, câncer de pulmão, depressão, cirrose hepática e infarto agudo do miocárdio). Foi realizado um estudo transversal em uma amostra representativa de 1.600 unidades básicas de saúde do Brasil; a população elegível incluía 1/3 de médicos, 1/3 de enfermeiros e 1/3 de agentes comunitários de saúde. A média de acertos observada foi de 6,3 questões. A proporção de profissionais que acertaram sete ou oito questões foi de 68% (IC95%: 60-75) entre os médicos, 54% (IC95%: 48-59) entre enfermeiros e 43% (IC95%: 40-55) entre agentes comunitários de saúde. O percentual de acertos dos médicos foi estatisticamente superior (p<0,001) ao dos enfermeiros e agentes comunitários de saúde, mas a proporção de acertos não diferiu entre enfermeiros e agentes comunitários (p=0,16). O percentual de acertos não variou significativamente conforme sexo, idade e nível de atividade física. Políticas públicas voltadas à educação são indispensáveis para instrumentalizar profissionais que trabalham em unidades básicas de saúde no Brasil sobre os efeitos da inatividade física sobre a saúde.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thiago Borges, Instituto Federal Sul-rio-grandense- Campus Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento- Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Instituto Federal Sul-rio-grandense- Campus Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Fernando Barros, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento- Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Gregore Mielke, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil

Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil

Diana Parra, Washington University

Prevention Research Center, Brown School- Washington University, St. Louis, Estados Unidos

Fernando Siqueira, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil

Programa de Pós-graduação em Educação Física – Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Pedro Hallal, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil

Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil

Referências

Paim J, Travassos C, Almeida C, Bahia L, Macinko J. e Brazilian health system: history, advances, and challenges. Lancet. 2011;377:1778-97.

Lee IM, Shiroma EJ, Lobelo F, Puska P, Blair SN, Katzmarzyk PT, for the Lancet Physical Activity Series Working Group. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet. 2012;380:219-29.

Hallal PC, Andersen LB, Bull FC, Guthold R, Haskell W, Ekelund U, for the Lancet Physical Activity Series Working Group. Global physical activity levels: surveillance progress, pitfalls and prospects. Lancet. 2012;380:247-57.

Kohl HW, Craig CL, Lambert EV, Inoue S, Alkandari JR, Leetongin G, et al, for the Lancet Physical Activity Series Working Group. The pandemic of physical inactivity: global action for public health. Lancet. 2012;380:294-305.

Heath GW, Parra DC, Sarmiento OL, Andersen LB, Owen N, Goenka S, et al, for the Lancet Physical Activity Series Working Group. Evidence-based intervention in physical activity: lessons from around the world. Lancet. 2012;380:272-81.

Florindo AA, Mielke GI, Gomes GAO, Ramos LR, Bracco MM, Parra DC, et al. Physical activity counseling in primary health care in Brazil: a national study on prevalence and associated factors. BMC Public Health. 2013;13:794.

Siqueira FV, Nahas MV, Facchini LA, Silveira DS, Piccini RX, Tomasi E, et al. Aconselhamento para a prática de atividade física como estratégia de educação à saúde. Cad. Saúde Pública. 2009;25:203-13.

Pratt M, Brownson RC, Ramos LR, Malta DC, Hallal PC, Reis RS, et al. Project GUIA: A model for understanding and promoting physical activity in Brazil and Latin America. J Phys Act Health. 2010;2:131-4.

Borges TT, Rombaldi AJ, Knuth AG, Hallal PC. Knowledge on risk factors for chronic diseases: a population-based study. Cad Saúde Pública. 2009;25:1511-20.

Rombaldi AJ, Borges TT, Canabarro LK, Corrêa LQ, Neutzling MB. Conhecimento de professores de educação física sobre fatores de risco para doenças crônicas de uma cidade do sul do Brasil. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2012;14:61-72.

Bassuk SS, Manson JE. Epidemiological evidence for the role of physical activity in reducing risk of type 2 diabetes and cardiovascular disease. J Appl Physiol. 2005;99:1193-204.

Rossi A, Dikareva A, Bacon SL, Daskalopoulou SS. The impact of physical activity on mortality in patients with high blood pressure: a systematic review. J Hypertens. 2012;30:1277-88.

Dominguez LJ, Scalisi R, Barbagallo M. Therapeutic options in osteoporosis. Acta Biomed. 2010;81:55-65.

Sun JY, Shi L, Gao XD, Xu SF. Physical activity and risk of lung cancer: a meta-analysis of prospective cohort studies. Asian Pac J Cancer Prev. 2012;13:3143-7.

Motl RW, Konopack JF, McAuley E, Elavsky S, Jerome GJ, Marquez DX. Depressive symptoms among older adults: long-term reduction after a physical activity intervention. J Behav Med. 2005;28:385-94.

So F, Capalbo A, Cesari F, Abbate R, Gensini GF. Physical activity during leisure time and primary prevention of coronary heart disease: an updated meta-analysis of cohort studies. Eur J Cardiovasc Prev Rehabil. 2008;15:247-57.

Hallal PC, Gomez LF, Parra DC, Lobelo F, Mosquera J, Florindo AA, et al. Lessons learned after 10 years of IPAQ use in Brazil and Colombia. J Phys Act Health. 2010;7:259-64.

Haskell WL, Lee IM, Pate RR, Powell KE, Blair SN, Franklin BA, et al. Physical activity and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Med Sci Sports Exerc. 2007;39(8):1423-34.

World Health Organization. Diet, nutrition, and the prevention of chronic diseases. Geneva: World Health Organization; 1990. (WHO Technical Report Series 797).Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/39426/2/WHO_ TRS_797_%28part2%29.pdf.

Erika AS, Araújo CL, Gigante DP, Barros AJD, Lima MS. Validação do peso e altura referidos para o diagnóstico do estado nutricional em uma população de adultos no Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública. 2015;21(1):235-45.

Siqueira FC, Nahas MV, Facchini LA, Piccini RX, Tomasi E, ume E, et al. Physical activity among health professionals from south and northeast Brazil. Cad Saúde Pública. 2009;25:1917-28.

Siegel R, Naishadham D, Jemal A. Cancer statistics, 2012. CA Cancer J Clin. 2012;62:10-29.

Domingues MR, Araujo CL, Gigante DP. Knowledge and perceptions of physical exercise in an adult urban population in Southern Brazil. Cad Saúde Pública. 2004;20:204-15.

Martelli-Junior H, Martelli DR, Quirino IG, Oliveira MC, Lima LS, Oliveira EA. CNPq-supported medical researchers: a comparative study of research areas. Rev Assoc Med Bras. 2010;56:478-83.

Costa BEP, Hentschke MR, Silva ACC, Barros A, Salerno M, Figueiredo CEP, et al. Reflexões sobre a importância do currículo informal do estudante de medicina. Educação em Ciências da Saúde. 2011;22:162-8.

Brasil. Ministério da Saúde. Acessado em 24 de jul. 2017. Disponível em http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_ academia_saude.php?conteudo=sobre.

Malta, DC, Silva MMA, Albuquerque GM, Amorim RCA, Rodrigues GB, et al. Política Nacional de Promoção da Saúde, descrição da implementação do eixo atividade física e práticas corporais, 2006 a 2014. Rev Bras Ativ Saúde. 2014;19(3):286-99.

Tomasi E, Facchini LA, Thume E, Puccini RX, Osorio A, Silveira DS, et al. Characteristics of primary healthcare service use in the southern and northeastern regions of Brazil: di erences by care model. Cien Saude Colet. 2011;16:4395-404.

Downloads

Publicado

2018-05-30

Como Citar

1.
Borges T, Barros F, Mielke G, Parra D, Siqueira F, Hallal P. Conhecimento de profissionais que atuam em Unidades Básicas de Saúde no Brasil sobre a associação entre inatividade física e morbidades. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 30º de maio de 2018 [citado 28º de março de 2024];22(5):450-6. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/8071

Edição

Seção

Artigos Originais