A terapia por vibração do corpo inteiro promove melhora do equilíbrio na doença de Parkinson?

Autores

  • Fernanda França Amaral Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Instituto Integrado de Saúde, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.
  • Ana Carolina Obici Massucato Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Instituto Integrado de Saúde, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.
  • Priscilla de Figueiredo Araújo Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Instituto Integrado de Saúde, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.
  • Charles Taciro Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Instituto Integrado de Saúde, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2686-8345
  • Albert Schiaveto de Souza Programa de Pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento da Região Centro-Oeste, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0017-672X
  • Gustavo Christofoletti Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Instituto Integrado de Saúde, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Programa de Pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento da Região Centro-Oeste, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Programa de Pós-graduação em Ciências do Movimento, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7879-239X

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.25e0141

Palavras-chave:

Doença de Parkinson, Equilíbrio postural, Tamanho da amostra, Projetos pilotos

Resumo

Distúrbios do equilíbrio consistem em um grande problema na doença de Parkinson (DP). A terapia por vibração do corpo inteiro mostra-se benéfica em pessoas saudáveis, mas apresenta eficácia incerta na DP. O objetivo desse estudo foi verificar os efeitos agudos da terapia por vibração do corpo inteiro sobre o equilíbrio de pacientes com DP e analisar o tamanho do efeito da intervenção para predizer o número ideal de participantes. Doze participantes com DP foram randomicamente divididos entre grupos intervenção e placebo. O grupo intervenção foi submetidos à terapia vibratória, tendo o equilíbrio avaliado em período anterior, imediatamente após e transcorrido cinco minutos da sessão. O grupo placebo fez uma intervenção simulada, tendo o equilíbrio avaliado nos mesmos períodos. Ambos os grupos tiveram seus olhos vendados para manter cegamento dos participantes sobre a intervenção. As variáveis analisadas foram deslocamento, área e velocidade de deslocamento. O tamanho do efeito foi verificado em análises univariadas e multivariadas, admitindo significância em 5%. Sobre os resultados, a terapia por vibração do corpo inteiro não apresentou eficácia sobre o equilíbrio na DP em momento imediato e transcorrido cinco minutos da aplicação da terapia. A análise que apresentou maior tamanho do efeito se deu quando o equilíbrio foi mensurado de forma multivariada, predizendo a necessidade de 46 pacientes. Em conclusão, os resultados desse estudo foram imprecisos quanto à eficácia da terapia por vibração do corpo inteiro no equilíbrio de pacientes com DP. Novas pesquisas com uma amostra superior a 46 participantes devem ser realizadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ascherio A, Schwarzschild MA. The epidemiology of Parkinson's disease: risk factors and prevention. Lancet Neurol. 2016;15(12):1257-72.

Tysnes OB, Storstein A. Epidemiology of Parkinson's disease. J Neural Transm. 2017;124(8):901-5.

Morley D, Dummett S, Kelly L, Fitzpatrick R, Jenkinson C. Predictors of activity and participation across neurodegenerative conditions: a comparison of people with motor neurone disease, multiple sclerosis and Parkinson's disease. BMC Neurol. 2018;18(1):19.

Opara J, Małecki A, Małecka E, Socha T. Ann Agric Environ Med. 2017;24(3):411-5.

Pinto C, Salazar AP, Marchese RR, Stein C, Pagnussat AS. The effects of hydrotherapy on balance, functional mobility, motor status, and quality of life in patients with Parkinson disease: a systematic review and meta-analysis. PM R. 2019;11(3):278-91.

Wang B, Shen M, Wang YX, He ZW, Chi SQ, Yang ZH. Effect of virtual reality on balance and gait ability in patients with Parkinson's disease: a systematic review and meta-analysis. Clin Rehabil. 2019;33(7):1130-8.

Suárez-Iglesias D, Miller KJ, Seijo-Martínez M, Ayán C. Benefits of Pilates in Parkinson's disease: a systematic review and meta-analysis. Medicina (Kaunas). 2019; 55(8):476.

Barboza NM, Terra MB, Bueno MEB, Christofoletti G, Smaili SM. Physiotherapy versus physiotherapy plus cognitive training on cognition and quality of life in Parkinson disease: randomized clinical trial. Am J Phys Med Rehabil. 2019;98(6):460-8.

Stania M, Juras G, Słomka K, Chmielewska D, Król P. The application of whole-body vibration in physiotherapy - A narrative review. Physiol Int. 2016;103(2):133-45.

Sharififar S, Coronado RA, Romero S, Azari H, Thigpen M. The effects of whole body vibration on mobility and balance in Parkinson disease: a systematic review. Iran J Med Sci. 2014;39(4):318-26.

Dincher A, Schwarz M, Wydra G. Analysis of the effects of whole-body vibration in Parkinson disease: systematic review and meta-analysis. PM R. 2019;11(6):640-53.

Titova N, Padmakumar C, Lewis SJG, Chaudhuri KR. Parkinson's: a syndrome rather than a disease? J Neural Transm. 2017;124(8):907-14.

Gelb DJ, Oliver E, Gilman S. Diagnostic criteria for Parkinson disease. Arch Neurol. 1999;56(1):33-9.

Hoehn MM, Yahr MD. Parkinsonism: onset, progression and mortality. Neurology. 1967;17(5):427-42.

Movement Disorder Society Task Force on Rating Scales for Parkinson's Disease. The Unified Parkinson's Disease Rating Scale (UPDRS): status and recommendations. Mov Disord. 2003;18(7):738-50.

Pfeffer RI, Kurosaki TT, Harrah CH, Chance JM, Filos S. Measurement of functional activities in older adults in the community. J Gerontol. 1982;37(3):323-9.

Folstein MF, Folstein SE, McHugh PR. "Mini-mental state". A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. J Psychiatr Res. 1975;12(3):189-98.

Dubois B, Slachevsky A, Litvan I, Pillon B. The FAB: a Frontal Assessment Battery at bedside. Neurology. 2000;55(11):1621-6.

Goulart F, Pereira LX. Main scales for Parkinson’s disease assessment: use in physical therapy. Fisioter Pesq. 2015;11(1):49-56.

Dutra MC, Ribeiro RS, Pinheiro SB, Melo GF, Caralho GA. Accuracy and reliability of the Pfeffer Questionnaire for the Brazilian elderly population. Dement Neuropsychol. 2015;9(2):176-83.

Brucki SM, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PH, Okamoto IH. Suggestions for utilization of the mini-mental state examination in Brazil. Arq Neuropsiquiatr. 2003;61(3B):777-81.

Giehl K, Tahmasian M, Eickhoff SB, van Eimeren T. Imaging executive functions in Parkinson's disease: An activation likelihood estimation meta-analysis. Parkinsonism Relat Disord. 2019;63:137-42.

Dirnberger G, Jahanshahi M. Executive dysfunction in Parkinson's disease: a review. J Neuropsychol. 2013;7(2):193-224.

Beato RG, Nitrini R, Formigoni AP, Caramelli P. Brazilian version of the Frontal Assessment Battery. Dement Neuropsychol. 2007;1(1):59-65.

Wang Z, Jia X, Chen H, Feng T, Wang H. Abnormal spontaneous brain activity in early Parkinson's disease with mild cognitive impairment: a resting-state fMRI study. Front Physiol. 2018;9:1093.

de Oliveira RT, Felippe LA, Bucken Gobbi LT, Barbieri FA, Christofoletti G. Benefits of exercise on the executive functions in people with Parkinson disease: a controlled clinical Trial. Am J Phys Med Rehabil. 2017;96(5):301-6.

Smith C, Malek N, Grosset K, Cullen B, Gentleman S, Grosset DG. Neuropathology of dementia in patients with Parkinson's disease: a systematic review of autopsy studies. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2019;90(11):1234-43.

Alashram AR, Padua E, Annino G. Effects of Whole-body vibration on motor impairments in patients with neurological disorders: a systematic review. Am J Phys Med Rehabil. 2019;98(12):1084-98.

Lam FM, Chan PF, Liao LR, Woo J, Hui E, Lai CW, et al. Effects of whole-body vibration on balance and mobility in institutionalized older adults: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2018;32(4):462-72.

Sitjà Rabert M, Rigau Comas D, Fort Vanmeerhaeghe A, Santoyo Medina C, Roqué i Figuls M, Romero-Rodríguez D, et al. Whole-body vibration training for patients with neurodegenerative disease. Cochrane Database Syst Rev. 2012;(2):CD009097.

Christofoletti G, McNeely ME, Campbell MC, Duncan RP, Earhart GM. Hum Mov Sci. 2016;49:308-14.

Monsarrat P, Vergnes JN. The intriguing evolution of effect sizes in biomedical research over time: smaller but more often statistically significant. Gigascience. 2018;7(1):1-10.

Chavalarias D, Wallach JD, Li AH, Ioannidis JP. Evolution of Reporting P Values in the Biomedical Literature, 1990-2015. JAMA. 2016;315(11):1141-8.

Downloads

Publicado

2020-11-09

Como Citar

1.
Amaral FF, Massucato ACO, Araújo P de F, Taciro C, Souza AS de, Christofoletti G. A terapia por vibração do corpo inteiro promove melhora do equilíbrio na doença de Parkinson?. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 9º de novembro de 2020 [citado 29º de março de 2024];25:1-7. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/14197

Edição

Seção

Artigos Originais