Tempo de prática de atividade física de intensidade moderada a vigorosa e marcadores de síndrome metabólica em adolescentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.25e0162

Palavras-chave:

Fatores de risco, Atividade física, Adolescente, Síndrome metabólica

Resumo

Intervenções envolvendo aumento da atividade física em adolescentes mostram-se promissoras em relação à redução de fatores de risco para a síndrome metabólica (SM). Entretanto, ainda não está bem estabelecido o efeito decorrente do acúmulo da atividade nos dias de semana, final de semana e total. O objetivo do presente estudo foi verificar a correlação da prática de atividade física de intensidade moderada à vigorosa (AFMV), nos dias de semana (AFMV-DS), final de semana (AFMV-FS) e total (AFMV-T), com a SM e seus fatores. Foram avaliados 109 adolescentes de 10 a 16 anos de idade (66% do sexo feminino). A SM foi definida pelos marcadores: circunferência da cintura (CC), pressão arterial (PA), triglicérides, HDL-C e glicemia em jejum. O tempo em AFMV foi mensurada por acelerômetros ActiGraph modelo GT3X (≥ 4 dias de uso, sendo ≥ 1 de final de semana, ³ 10 horas/dia de uso). O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para a verificação da associação entre o escore “z” da prática de atividade física (AFMV-DS, AFMV-FS e AFMV-T) com o escore de cada fator da SM e o escore de SM (média dos fatores da SM). Foi verificada correlação inversa entre AFMV-FS e CC (rho = -0,20), PA sistólica (rho = -019) e SM (rho = -0,20). A AFMV-T apresentou correlação inversa com triglicerídeos (rho = -0,19). As magnitudes das correlações revelam pouco ou nenhum efeito. Conclui-se que de forma geral a AFMV parece apresentar pouca correlação com a SM e seus fatores, mas pode ter alguma contribuição em estratégias multifatoriais de tratamento ou prevenção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sara Crosatti Barbosa, Universidade Federal do Paraná, Departamento de Ciências Biológicas, Centro de Pesquisa de Exercícios e Esporte, Curitiba, Paraná, Brasil.

Estudante do doutorado em Educação Física.

Gustavo Aires Arruda, Universidade de Pernambuco, Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças, Recife, Pernambuco, Brasil.

Professor Doutor em Educação Física.

Antonio Stabelini Neto, Universidade Estadual do Norte do Paraná, Centro de Ciências da Saúde, Jacarezinho, Paraná, Brasil.

Professor Doutor em Educação Física.

Referências

Flynn JT, Kaelber DC, Baker-Smith CM, Blowey D, Carroll EA, Daniels RS, et al. Clinical Practice Guideline for Screening and Management of High Blood Pressure in Children and Adolescents. Pediatrics. 2017;140(3):e20171904.

Guilherme FR, Nascimento MA, Molena-Fernandes CA, Guilherme VR, Santos RS, Elias RGM, et al. Comparação de diferentes critérios na prevalência de Síndrome Metabólica em escolares de Paranavaí, Paraná. Rev Paul de Pediatr. 2019; 37(3):332-37.

Moraes ACF, Fulaz CS, Netto-Oliveira ER, Reichert FF. Prevalência de síndrome metabólica em adolescentes: uma revisão sistemática. Cad Saúde Pública. 2009;25(6):1195-202.

Giannini, DT, Kuschnir MCC, Oliveira CL, Bloch KV, Schaan BD, Cureau FV, et al. C-reactive protein in Brazilian adolescents: distribution and association with metabolic symdome in ERICA survey. Eur J Clin Nutr. 2017;71(10):1206-11.

Bussler S, Penke M, Flemming G, Elhassan YS, Kratzsch J, Sergeyev E, et al. Novel insights in the metabolic syndrome in childhood and adolescence. Horm Res Paediatr. 2017;88(3-4):181-93.

Oliveira RG, Guedes, DP. Physical activity, sedentary behavior, cardiorespiratory fitness and metabolic syndrome in adlescents: systematic review and meta-analysis of observational evidence. Rev Bras Med Esporte. 2016;24(4): 253-7.

Renninger M, Hansen BH, Steene-Johannessen J, Kriemler S, Froberg K, Northstone K, et al. Associations between accelerometry measured physical activity and sedentary time and the metabolic syndrome: A meta-analysis of more than 6000 children and adolescents. Pediatr Obes. 2020;15(1):e12578.

DuBose KD, McKune AJ, Brophy P, Geyer G, Hickner RC. The Relationship Between Physical Activity and the Metabolic Syndrome Score in Children. Pediatr Exerc Sci. 2015;27(3):364 -71.

Cárdenas-Cárdenas LM, Burguete-Garcia AI, Estrada-Velasco BI, López-Islas C, Peralta-Romero J, Cruz M, et al. Leisure-time physical activity and cardiometabolic risk among children and adolescents. J Pediatri. 2015;91(2): 136-42.

O'Donovan G, Lee IM, Hamer M, Stamatakis E. Association of "Weekend Warrior" and Other Leisure Time Physical Activity Patterns With Risks for All-Cause, Cardiovascular Disease, and Cancer Mortality. JAMA Intern Med. 2017;177(3):335-42.

Onis M, Onyango AW, Borghi E, Siyam A, Nishida C, Siekmann J. Development of a WHO growth reference for school-aged children and adolescents. Bull World The WHO Health Organ. 2007;85(9):660-7.

Vanhelst J, Beghin L, Turck D, Gottrand F. New validated thresholds for various intensities of physical activity 114 in adolescents using the Actigraph accelerometer. Int J Rehabil Res. 2011;34:175-77.

Tritschler K. Medida e avaliação em educação física e esportes de Barrow & McGee. 5.Ed. São Paulo: Manole.2003: Cap.5:145.

Sinaiko AR. Metabolic syndrome in children. J Pediatr. 2012;88(4):286-8.

Gregory JW. Prevention of Obesity and Metabolic Syndrome in Children. Front Endocrinol (Lausanne). 2019;10:669.

Wittcopp C, Conroy R. Metabolic syndrome in children and adolescents. Pediatr Rev. 2016;37(5):193-202.

Burrows R, Corea-Burrows P, ROgan J, Cheng E, Blanco E, Gahagan S. Long-term vs. recent-onset obesity: their contribuition to cardiometabolic risk in adolescence. Pediatr Res. 2019:1-7.

Chen H, Cohen P, Chen S. How Big is a Big Odds Ratio? Interpreting the Magnitudes of Odds Ratios in Epidemiological Studies. Commun Stat Simul Comput. 2010;39(4): 860-4.

Marson EC, Delevatti RS, Prado AKG, Netto N, Kruel LFM. Effects of aerobic, resistance, and combined exercise training on insulin resistance markers in overweight or obese children and adolescents: A systematic review and meta-analysis. Prev Med. 2016;93:211-18.

Schlaich M, Straznicky N, Lambert E, Lambert G. Metablic syndrome: a sympathetic disease? Lancet Diabetes Endocrinol. 2015;3(2):148-57.

Campbell F, Conti G, Heckman JJ, Moon SH, Pinto R, Pungello E, et al. Early childhood investiments substatially boost adult health. Science. 2014;343(6178):1478-85.

Eime RM, Ayoung JA, Harvey JT, Charity MJ, Payne WR. A systematic review of the psychological and social benefits of participation in sport for children and adolescents: informing development of a conceptual model of health through sport. Int J Behav Nutr Phys Act. 2013;10(98).

Downloads

Publicado

2020-12-22

Como Citar

1.
Barbosa SC, Arruda GA, Stabelini Neto A. Tempo de prática de atividade física de intensidade moderada a vigorosa e marcadores de síndrome metabólica em adolescentes. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 22º de dezembro de 2020 [citado 28º de março de 2024];25:1-7. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/12746

Edição

Seção

Artigos Originais