Efeito da substituição do tempo de tela e atividades físicas no lazer na percepção positiva de saúde de universitários

Autores

  • Thiago Ferreira Sousa Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. Centro de Formação de Professores. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Amargosa, Bahia, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-9846-9661
  • Mariana da Silva Ferreira Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2054-2179
  • Gerleison Ribeiro Barros Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5122-8625
  • Gildeene Silva Farias Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2810-2925

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.24e0095

Palavras-chave:

Atividade motora, Tempo de tela, Nível de saúde, Estudantes, Estudos transversais

Resumo

O objetivo deste estudo foi estimar o impacto da substituição do tempo de prática de atividades físicas no lazer e comportamentos sedentários sobre a autoavaliação positiva da saúde em universitários de uma instituição de ensino superior do estado da Bahia. Foram realizados dois inquéritos repetidos com universitários de uma mesma instituição nos anos de 2012 e 2014. A autoavaliação positiva de saúde foi o desfecho deste estudo. O tempo por dia despendido em 17 modalidades e o tempo no total de atividades físicas no lazer, mais quatro comportamentos sedentários de tela e tempo de tela no total foram padronizados por uma constante de 30 minutos. O modelo de substituição isotemporal foi empregado por meio da estimativa do Odds Ratio (OR), via regressão logística binaria. O nível de significância foi de 5%. Houve a participação de 1.085 e 1.041 universitários nos anos de 2012 e 2014, respectivamente. Observou-se maiores chances de percepção positiva da saúde ao realocar o tempo de uso de computador em pesquisas para a prática de futebol, lutas, corrida em esteira e musculação. De modo geral, maiores chances de autoavaliação positiva da saúde foram mostrados ao realocar 30 minutos por dia do tempo de tela no total para o tempo de prática de atividades físicas no lazer no total (OR = 1,14; IC95%: 1,10–1,18). Conclui-se que substituir pelo menos 30 minutos por dia de uso de computador em pesquisas para a prática de atividades físicas no lazer, maximiza a autoavaliação positiva do nível de saúde em universitários.

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Biografia do Autor

Thiago Ferreira Sousa, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. Centro de Formação de Professores. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Amargosa, Bahia, Brasil.

Natural de Itabuna, Bahia. Possui graduação em Licenciatura plena em Educação Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia (2007), mestrado (2010) e doutorado (2014) em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, na área de atividade física relacionada à saúde. Atualmente é docente do magistério superior da Universidade Federal do Triângulo Mineiro e colaborador do Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde da Universidade Estadual de Santa Cruz. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: atividade física, excesso de peso corporal, estudos transversais e universitários.

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Publicado

2020-03-26

Como Citar

1.
Sousa TF, Ferreira M da S, Barros GR, Farias GS. Efeito da substituição do tempo de tela e atividades físicas no lazer na percepção positiva de saúde de universitários. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 26º de março de 2020 [citado 29º de março de 2024];24:1-9. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/14109

Edição

Seção

Artigos Originais