Apoio social e prática de atividade física no lazer em adolescentes: um estudo de base populacional

Autores

  • Márcio Botelho Peixoto Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Departamento de Medicina Social, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1939-5773
  • Alan Goularte Knuth Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Departamento de Medicina Social, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Universidade Federal do Rio Grande, Instituto de Educação, Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2030-5747
  • Inácio Crochemore Mohnsam da Silva Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Departamento de Medicina Social, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-5390-8360
  • Pedro Curi Hallal Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Departamento de Medicina Social, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1470-6461

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.24e0103

Palavras-chave:

Atividade motora, Adolescentes, Apoio social, Estudo transversal

Resumo

O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre a prática de atividade física (AF) no lazer e o apoio social em adolescentes de 10 a 19 anos. O estudo transversal, de base populacional, foi realizado em Pelotas, Rio Grande do Sul. Foram considerados ativos os adolescentes que realizavam no mínimo 300 minutos semanais de AF no lazer. O apoio social foi estudado através da Escala de Apoio Social para a Atividade Física. Foram entrevistados 743 adolescentes. A proporção de ativos no lazer foi de 28,2% (IC 95%: 24,6-31,3). Meninos com maior apoio social de amigos apresentaram uma probabilidade de 112% (IC 95%: 41,0-183,0) maior de serem ativos em comparação a seus pares com menor apoio social. Meninas com apoio social elevado de familiares tiveram uma probabilidade de 102% (IC 95%: 12,0-193,0) maior de serem ativas. O percentual equivalente entre os meninos foi de 44% (IC 95%: 8,0-103,0). O incentivo de familiares e amigos exerce influência na prática de AF e apresenta questões culturais, como a indução de meninas para caminhadas e meninos para outras AF, especialmente dos amigos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Hallal P, Andersen L, Bull F, Guthold R, Haskell W, Ekelund U. Global physical activity levels: surveillance progress, pitfalls, and prospects. Lancet. 2012; 380:247-57.

Strong W, Malina R, Blimkie C, Daniels S, Dishman R, Gutin B. Evidence based physical activity for school-age youth. J Pediatr. 2005;146:732-7.

Bauman A, Reis R, Sallis J, Wells J, Loos R, Martin B. Correlates of physical activity: why are some people physically active and others not? Lancet. 2012; 380:258-71.

Farias Junior J, Lopes A. Comportamento de risco relacionados à saúde em adolescentes. Rev Bras Ciênc Mov. 2004;12(1):7-12.

McNeill L, Kreuter M, Subramanian S. Social environment and physical activity: a review of concepts and evidence. Soc Sci Med. 2006;63(4):1011-22.

Sallis J, Prochaska J, Taylor W. A review of correlates of physical activity of children and adolescents. Med Sci Sports Exerc. 2000;32(5):963-75.

Lisboa T, Silva WR, Alexandre JM, Beltrame TS. Suporte social da família e amigos para a prática de atividade física de adolescentes: uma revisão sistemática. Cad. Saúde Colet. 2018;26(4):351-59.

Vrazel J, Saunders R, Wilcox S. An overview and proposed framework of social-environmental influences on the physical-activity behavior of women. Am J Health Promot. 2008;23(1):2-12.

Strine T, Chapman D, Balluz L, Mokdad A. Health-related quality of life and health behaviors by social and emotional support. Their relevance to psychiatry and medicine. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol. 2008;43(2):151-9.

Hohepa M, Scragg R, Schofield G, Kolt G, Schaaf D. Social support for youth physical activity: Importance of siblings, parents, friends and school support across a segmented school day. Int J Behav Nutr Phys Act. 2007;4(54).

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Brasileiro 2010. Rio de Janeiro: IBGE. 2011.

WHO - World Health Organization. Young People's Health - a Challenge for Society. Report of a WHO Study Group on Young People and Health for All. Technical Report Series 731. Geneva: WHO, 1986.

Silva I, Azevedo M, Gonçalves H. Leisure-Time Physical Activity and Social Support Among Brazilian Adults. J Phys Act Health. 2013;10(6):871-79.

Bastos J, Araújo C, Hallal P. Prevalence of insufficient physical activity and associated factors in Brazilian adolescents. J Phys Act Health. 2008;5(6).777-94.

Reis R, Sallis J. Validade e reprodutibilidade da versão brasileira da escala se suporte social para o exercício em adolescentes. Rev Bras Ciênc Mov. 2005;13(2):7-15.

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério Brasil: Critério de Classificação Econômica Brasil 2012: base LSE 2010. [Citado em 2016 abr 2]. Disponível em: <http://www.abep.org/criterio-brasil>.

Wright M, Wilson D, Griffin S, Evans A. A qualitative study of parental modeling and social support for physical activity in underserved adolescents. Health Educ Res 2010;(25)2:224-32.

Hallal PC, Knuth AG. Epidemiologia da atividade física e a aproximação necessária com as pesquisas qualitativas. Rev Bras Cienc Esporte. 2011;33(1):181-92.

Reis R, Petroski E. Application of the social cognitive theory to predict stages os change in exercise for brazilian adolescents. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2005;7(2):62-8.

Reis M, Reis R, Hallal P. Validade e fidedignidade de uma escala de avaliação do apoio social para a atividade física. Rev Saúde Públ. 2011;45(2):294-301.

Ricardo LIC, Rombaldi AJ, Otte J, Perez ACA, Azevedo MR. Associação entre apoio social e atividade física no lazer em escolares do ensino médio. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2013;18(2):168-76.

Figueira Junior AJ. Influência da família na atividade física de adolescentes. Conexões: Educ. Fís. Esporte e Saúde. 2000;0(4):28-43.

Fermino RC; Rech CR, Hino AAF, Añez CRR, Reis RS. Atividade física e fatores associados em adolescentes do ensino médio de Curitiba, Brasil. Rev Saude Publica. 2010;44(6):986-95.

Silva I, Azevedo M, Gonçalves H. Leisure-Time Physical Activity and Social Support Among Brazilian Adults. J Phys Act Health. 2013;10(6):871-79.

Seabra A, Mendonça D, Thomis M, Anjos L, Maia J. Determinantes biológicos e sócio-culturais associados à prática de atividade física de adolescentes. Cad Saude Publica. 2008;24(4):721-36.

Amorim T, Azevedo M, Hallal P. Physical activity levels according to physical and social environmental factors in a sample of adults living in south Brazil. J Phys Act Health. 2010;7 Suppl 2:204-12.

Wold B, Hendry L. Social and environmental factors associated with physical activity in young people. In: Biddle S, Sallis JF, Cavill N, editors Young and active? Young people and health-enhancing physical activity - evidence and implications London: Health Education Authority. 1998;119-32.

Allender S, Cowburn G, Foster C. Understanding participation in sport and physical activity among children and adults: a review of qualitative studies. Health Educ Res. 2006;21(6):826-35.

Downloads

Publicado

2019-06-25

Como Citar

1.
Peixoto MB, Knuth AG, Silva ICM da, Hallal PC. Apoio social e prática de atividade física no lazer em adolescentes: um estudo de base populacional. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 25º de junho de 2019 [citado 28º de março de 2024];24:1-8. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/14041

Edição

Seção

Artigos Originais