Concordância na velocidade da marcha de mulheres diabéticas tipo 2 em diferentes testes de caminhada

Autores

  • Leandro Quadro Corrêa Universidade Federal do Rio Grande, Curso de Educação Física, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-1231-3800
  • Airton José Rombaldi Universidade Federal de Pelotas, Escola Superior de Educação Física, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6707-814X
  • Fernanda de Souza Teixeira Universidade Federal de Pelotas, Escola Superior de Educação Física, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-7819-9142
  • Daniel Umpierre Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Curso de Saúde Coletiva, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Centro de Pesquisa Clínica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6953-0163
  • Marlos Rodrigues Domingues Universidade Federal de Pelotas, Escola Superior de Educação Física, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2503-2944

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.25e0157

Palavras-chave:

Teste de caminhada, Velocidade da marcha, Mulheres, Diabetes mellitus tipo 2, Centros de saúde

Resumo

O objetivo desse estudo foi verificar a concordância na velocidade da marcha (VM) a partir dos testes de caminhada de seis minutos (6MWT) e de quatro metros (4MWT) em mulheres diabéticas tipo 2 (DM2). Os testes foram realizados antes e após intervenção de 12 semanas com exercícios físicos. O 4MWT foi realizado em espaço de quatro metros, sendo o resultado do teste medido como o tempo gasto (segundos) no percurso. O 6MWT foi realizado em modelo de ir e vir em uma distância de 15 metros e o resultado foi a distância total (metros) percorrida. Os resultados foram padronizados para velocidade de deslocamento (m/s). Para avaliar a concordância (6MWTpré x 4MWTpré) e (6MWTpós x 4MWTpós), utilizou-se o teste de Bland-Altman (B-A) e o coeficiente de concordância de correlação de Lin. O nível de significância aceito para o estudo foi α 5%. Foram medidas 39 mulheres, com idade média de 58,79 ± 10,03 anos e diagnóstico de DM2 a 8,64 ± 8,53 anos. Verificou-se, pelo teste de B-A,  diferenças na VM dos testes de -0,001 ± 0,19 m/s (IC95%: -0,37 a 0,37 m/s) no início e 0,02 ± 0,21 m/s (IC95%: -0,39 a 0,42 m/s) ao final e concordância de 0,60 (IC95%: 0,41 a 0,79; p < 0,001) e 0,52 (IC95%: 0,31 a 0,73; p < 0,001) pré e pós, respectivamente, pelo coeficiente de concordância de correlação Lin. Através dos dados obtidos, sugere-se que os dois testes podem ser utilizados para avaliar a VM das mulheres DM2, porém o 6MWT apresentou maior reprodutibilidade para detectar mudanças na VM ao longo do tempo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leandro Quadro Corrêa, Universidade Federal do Rio Grande, Curso de Educação Física, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil.

Possui Doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Pelotas. É mestre em ciências pelo pelo mesmo programa (2009) e concluiu a especialização em Atividade Física e Saúde por esta mesma universidade (2007). É graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Pelotas (2005) e em Pedagogia pela Universidade Católica de Pelotas (1998). É professor adjunto da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) com atividades no curso de Licenciatura em Educação Física e na Residência Integrada Multiprofissional Hospitalar com Ênfase na Atenção à Saúde Cardiometabólica do Adulto (RIMHAS) onde também exerce função de coordenador desta Residência.

Referências

Perera S, Patel KV, Rosano C, Rubin SM, Satterfield S, Harris T, et al. Gait Speed Predicts Incident Disability: A Pooled Analysis. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2016;71(1):63–71.

Studenski S, Perera S, Patel K, Rosano C, Faulkner K, Inzitari M, et al. Gait speed and survival in older adults. JAMA. 2011;305(1):50-8.

Volpato S, Bianchi L, Lauretani F, Lauretani F, Bandinelli S, Guralnik JM, et al. Role of muscle mass and muscle quality in the association between diabetes and gait speed. Diabetes Care. 2012;35(8):1672-9.

Fregonesi CEPT, Camargo MR. Gait parameters in patients with diabetes mellitus. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum. 2010;12(2):155-63.

Bautmans I, Lambert M, Mets T. The six-minute walk test in community dwelling elderly: influence of health status. BMC Geriatrics. 2004; 4:6.

Chung C, Maldonado DAP, Jor'dan AJ, Alfaro FJ, Lioutas V, Núñez MZ, et al. Lower cerebral vasoreactivity as a predictor of gait speed decline in type 2 diabetes mellitus. J Neurol. 2018;265(10):2267-76.

Cheung C, Lam KSL, Cheung BMY. Diabetes is associated with increased risks of low lean mass and slow gait speed when peripheral artery disease is present. J Diabetes Complications. 2016;30(2):306-11.

Allet L, Armand S, Bie RA, Golay A, Pataky Z, Aminian K, et al. Clinical factors associated with gait alterations in diabetic patients. Diabet Med. 2009;26(10):1003-9.

Guralnik JM, Ferrucci L, Pieper CF, Leveille SG, Markides KS, Ostir GV, et al. Lower extremity function and subsequent disability: consistency across studies, predictive models, and value of gait speed alone compared with the short physical performance battery. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2000;55(4):M221-31.

Burr JF, Bredin SSD, Faktor MD, Warburton DER. The 6-minute walk test as a predictor of objectively measured aerobic fitness in healthy working-aged adults. Phys Sports Med. 2011;39(2):133-9.

Bohannon RW, Bubela D, Magasi S, McCreath H, Wang Y-C, Reuben D, et al. Comparison of walking performance over the first 2 minutes and the full 6 minutes of the Six-Minute Walk Test. BMC Res Notes. 2014;7(1):269.

Guerra-Balic M, Oviedo GR, Javierre C, Fortuño J, Barnet-López S, Niño O, et al. Reliability and validity of the 6-min walk test in adults and seniors with intellectual disabilities. Res Dev Disabil. 2015; 47:144-53.

Ratter J, Radlinger L, Lucas C. Several submaximal exercise tests are reliable, valid, and acceptable in people with chronic pain, fibromyalgia, or chronic fatigue: A systematic review. J Physiother. 2014;60(3):144-50.

Cesari M, Scarlata S. What the 4-meter gait speed measures and why it cannot replace functional capacity tests. Eur Respir J. 2014;43(6):1819-20.

American Thoracic Society. ATS statement: guidelines for the six-minute walk test. Am J Respir Crit Care Med. 2002;166(1):111-7.

DePew ZS, Karpman C, Novotny PJ, Benzo RP. Correlations between gait speed, six-minute walk, physical activity, and self-efficacy in severe chronic lung disease. Respir Care. 2013;58(12):2113-9.

Tino VYK, Morita AA, Bisca GW, Guzzi G, Machado FVC, Hernande NA, et al. Qual o melhor protocolo e ponto de corte no teste 4-metre gait speed para discriminar capacidade de exercício na DPOC? J Bras Pneumol. 2020;46(6):e20190232.

Maggio M, Ceda GP, Ticinesi A, Vita F, Gelmini G, Costantino C, et al. Istrumental and non-instrumental evaluation of 4-meter walking speed in older individuals. PLos One. 2016;11(4): e0153583.

Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2015: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2015. Brasília. 2016; Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2015.pdf> [2020 outubro].

Fonteles AI, Machado DGS, Agrícola PMD, Neto LIN, Moreira SR, Elsangedy HM, et al. Reliability of the 6-minute walk test and cardiac autonomic markers in active and sedentary older women. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum. 2016;18(3):287-96.

Kon SS, Patel MS, Canavan JL, Clark AL, Jones SE, Nolan CM, et al. Reliability and validity of 4-metre gait speed in COPD. Eur Respir J. 2013;42(2):333-40.

Munro B. Statistical methods for health care research. 3ª ed. New York: Lippincott, 1997.

Bland JM, Altman DG. Statistical methods for assessing agreement between two methods of clinical measurement. Lancet. 1986;1(8476):307-10.

Lin L, Torbeck LD. Coefficient of accuracy and concordance correlation coefficient: new statistics for methods comparison. PDA J Pharm Sci Technol. 1998;52(2):55-9.

Gaya A. Ciências do movimento humano: introdução a metodologia da pesquisa. Porto Alegre: Artmed, 2008.

Altman DG, Altman E. Practical Statistics for Medical Research. New York: Chapman & Hall/CRC, 1999.

Forrest GF, Hutchinson K, Lorenz DJ, Buehner JJ, VanHiel LR, Sisto SA, et al. Are the 10 Meter and 6 Minute Walk Tests Redundant in Patients with Spinal Cord Injury? PLos One. 2014;9(5):e94108.

Uitman MB, Port IV, Kwakkel G. Is gait speed or walking distance a better predictor for community walking after stroke? J Rehabil Med. 2013;45(6):535-40.

Mänttäri A, Suni J, Sievänen H, Husu P, Vähä-Ypyä H, Valkeinen H, et al. Six-minute walk test: a tool for predicting maximal aerobic power (VO2 max) in healthy adults. Clin Physiol Funct Imaging. 2018;38(6):1038-45.

Downloads

Publicado

2020-12-11

Como Citar

1.
Corrêa LQ, Rombaldi AJ, Teixeira F de S, Umpierre D, Domingues MR. Concordância na velocidade da marcha de mulheres diabéticas tipo 2 em diferentes testes de caminhada . Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 11º de dezembro de 2020 [citado 29º de março de 2024];25:1-8. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/14289

Edição

Seção

Artigos Originais