Prevalência de barreiras para a prática de atividade física no tempo livre em pacientes com hipertensão arterial

Autores

  • Felipe Oliveira Fontanella Universidade Estadual do Centro-Oeste, Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Guarapuava, Paraná, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0034-384X
  • Danilo Fernandes da Silva University of Ottawa, Faculty of Health Sciences, School of Human Kinetics, Ottawa, Ontario, Canadá. https://orcid.org/0000-0002-4170-1079
  • Caryna Eurich Mazur Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Nutrição, Guarapuava, Paraná, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1278-5963
  • Matheus Federizzi Universidade Estadual do Centro-Oeste, Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Guarapuava, Paraná, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9741-3068
  • Gabriela Datsch Bennemann Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Nutrição, Guarapuava, Paraná, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12820/rbafs.24e0108

Palavras-chave:

Doenças crônicas, Políticas públicas, Envelhecimento, Estudo transversal, Comportamento, Hipertensão, Atividade motora

Resumo

O objetivo deste estudo foi identificar as barreiras e o estágio de mudança de comportamento para a prática de atividade física no tempo livre em uma amostra de pacientes com hipertensão arterial. Estudo transversal realizado com 55 pacientes (69,1% de mulheres, idade entre 31-89 anos) que frequentavam o Modelo de Atenção as Condições Crônicas de uma Unidade Básica de Saúde de Guarapuava, Paraná. As barreiras para prática de atividades físicas foram determinadas por instrumento padronizado e validado. Dezenove barreiras foram classificadas em “barreira percebida” (sempre e quase sempre) e “barreira não-percebida” (às vezes, raramente e nunca). As barreiras foram categorizadas nas dimensões ambientais, sociais, fisiológicas/físicas e psicológicas/comportamentais. Os estágios de prontidão foram usados para classificar os pacientes em “ativos” (estágios ação e manutenção) e “não ativos” (estágios pré-contemplação, contemplação e preparação). A frequência (%) de barreiras percebidas foi associada à prontidão para prática de atividades físicas por meio do teste Qui-quadrado e Exato de Fisher. As três barreiras mais prevalentes foram: “falta de energia ou cansaço” (54,5%), “falta de clima adequado” (47,3%) e “limitações físicas” (42,6%). Foram identificadas 10 barreiras mais frequentes em pacientes não ativos comparados aos ativos, sendo quatro fisiológicas/físicas, três psicológicas/comportamentais, duas ambientais e uma social. Pacientes obesos apresentaram maior quantidade de barreiras fisiológicas/físicas que os não-obesos. Considerando os fatores limitantes na incorporação de uma vida mais ativa em pacientes hipertensos, o presente estudo pode auxiliar a estabelecer estratégias específicas no contexto da atenção básica.

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Publicado

2019-08-07

Como Citar

1.
Fontanella FO, Silva DF da, Mazur CE, Federizzi M, Bennemann GD. Prevalência de barreiras para a prática de atividade física no tempo livre em pacientes com hipertensão arterial. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 7º de agosto de 2019 [citado 29º de março de 2024];24:1-9. Disponível em: https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/14077

Edição

Seção

Artigos Originais